Em crise, o setor busca por meio do sindicato Rural alternativas para sobreviver
Segundo dados levantados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada – CEPEA-Esalq/USP, com base no estudo do IBGE em 2021 o Brasil produziu 47,5 bilhões de unidade de ovos de galinha em 2020.
Conhecida popularmente como a capital do ovo, a cidade de Bastos é parte fundamental da produção de ovos no país, responsável por 11,5% de toda a produção nacional. Somente as granjas localizadas em Bastos representam 6,1% de toda a produção brasileira, que somados, as granjas em seu entorno, que tem como proprietários avicultores de Bastos, a cidade quase dobra sua capacidade produtiva. Em relação ao Estado de São Paulo, a cidade e os municípios de seu entorno (granjas filiais), representam, juntos, 45,4% da produção de todo o estado.
Em 2019 o setor produtivo movimentou 15,1 bilhões de reais em todo o país, e Bastos e sua região produtiva com granjas filiais, movimentou 1,5 bilhão de reais.
Outro dado importante é a empregabilidade. Em todo o Brasil, no ano de 2019 o setor produtivo de ovos empregou de forma direta 59.889 pessoas. Em Bastos, cidade que possui 20.953 habitantes, são gerados de forma direta 2.582 empregos. Conforme o último levantamento do IBGE, o número de pessoas ocupadas no município de Bastos, em 2019, era de 5.213, ou seja, 49,5% dos empregos disponíveis no município vem da avicultura de postura, sem contar com os empregos indiretos que movimentam a economia local.
Por esses inúmeros motivos, o sindicato Rural de Bastos vem trabalhando constantemente para encontrar soluções para o produtor de ovos, que enfrenta uma das maiores crises, desde quando a atividade se iniciou em 1937 na região.
Devido à elevação dos custos da ração balanceada para aves, onde tivemos aumento considerável de 78.1% no seu preço( soja, sorgo e milheto, 51% de milho), segundo dados levantados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada – CEPEA-Esalq/USP em 2021.
O produtor vem operando com prejuízo a mais de 2 anos. A cada caixa produzida com 360 ovos, os avicultores levam um prejuízo em torno de R$30,00 a R$50,00, o que vem tornando a atividade insustentável.
Por meio da sua diretoria, o Sindicato vem buscando alternativas junto ao governo municipal, estadual e federal com o intuito de amenizar a crise, e auxiliar o setor para poderem continuar empregando e produzindo ovos de qualidade.
Parcerias com o SENAR SP, SEBRAE e outras entidades vem sendo fundamentais para o enfrentamento das dificuldades.
“O que não podemos agora é facilitar e esperar que o pior aconteça. Precisamos agir e buscar por uma solução”. Destaca Katsuhide Maki, presidente do Sindicato Rural de Bastos.
Para o sindicato esse é momento de unir o setor em todo o Brasil, e buscar por uma solução sustentável, duradoura e solida.
O sindicato Rural de Bastos está à disposição do produtor, representantes da sociedade e toda a comunidade para discutir, dialogar e buscar por soluções.